fevereiro 12, 2009

6. A cura é certa?

A cura é sempre certa. É impossível deixar que as ilusões sejam trazidas à verdade e continuar a manter ilusões. A verdade demonstra que as ilusões não têm valor. O professor de Deus viu a correção dos seus erros na mente do paciente, reconhecendo-o pelo que ele é. Tendo aceite a Expiação para si mesmo, aceitou-a também para o paciente. O que acontece, porém, se o paciente usar a doença como um modo de vida, acreditando que a cura é uma forma de morte? Quando assim é, uma cura repentina poderia precipitar uma depressão intensa e um sentido de perda tão profundo que o paciente poderia até tentar destruir-se. Não tendo motivos para viver, pode pedir a morte. A cura, então, para a sua própria proteção, tem de esperar. 2. A cura sempre será posta de lado, cada vez que for vista como uma ameaça. Mas, no instante em que é bem-vinda, ela lá está. Onde a cura foi dada, será recebida. Mas o que é o tempo diante das dádivas de Deus? Muitas vezes, no decorrer do Texto, nos referimos à casa do tesouro, disposto igualmente para quem dá e para quem recebe as dádivas de Deus. Nenhuma se perde, pois só podem aumentar. Nenhum professor de Deus deve sentir-se desapontado, caso tenha oferecido a cura sem que ela tenha sido aparentemente recebida. Não lhe cabe julgar quando a sua dádiva deve ser aceite. Que guarde a certeza de que a cura foi recebida, e confie em que será aceite quando for reconhecida como uma bênção e não como uma maldição. 3. Não é função dos professores de Deus avaliar o resultado das suas dádivas. A função deles é, apenas, dá-las. Uma vez que tenham feito isto, deram também o resultado, pois ele faz parte da dádiva. Ninguém pode dar se estiver preocupado com o resultado da doação. Isso é uma limitação do próprio ato de dar e, nesse caso, nem quem dá, nem quem recebe, possuiria a dádiva. A confiança é uma parte essencial da doação; de fato, é a parte que faz com que o compartilhar seja possível, é a parte que garante ao doador que ele não perde, apenas ganha. Seria possível dar uma dádiva e ficar com o que é dado, para ter a certeza de que é usado como o doador lhe parece apropriado? Isto não é dar, mas aprisionar. 4. É a renúncia de toda e qualquer preocupação em relação à dádiva que faz com que ela seja verdadeiramente dada. E é a confiança que faz com que a verdadeira doação seja possível. A cura é a mudança mental que o Espírito Santo, na mente do paciente, vai procurando para esse mesmo paciente. E é o Espírito Santo, na mente do doador, que lhe dá a dádiva. Como é possível perdê-la? Como pode não ter efeito? Como pode ser desperdiçada? A casa do tesouro de Deus nunca pode estar vazia. Se uma dádiva estivesse em falta, ela não estaria plena. No entanto, a sua plenitude é garantida por Deus. Neste caso, que preocupação pode ter um professor de Deus em relação ao que acontece às suas dádivas? Dadas por Deus a Deus, quem, nesse intercâmbio santo, pode receber menos do que tudo?