fevereiro 12, 2009

25. Os poderes "psíquicos" são desejáveis?

A resposta a esta pergunta assemelha-se muito à anterior. Não existem, é claro, poderes «antinaturais» e inventar um poder que não existe é, obviamente, um mero apelo à magia. Entretanto, é igualmente óbvio que cada indivíduo tem muitas habilidades das quais não está ciente. À medida em que cresce a sua consciência, pode muito bem desenvolver habilidades que lhe parecerão bastante surpreendentes. No entanto, nada do que possa fazer se pode comparar, mesmo ao de leve, à gloriosa surpresa de se lembrar de Quem é. Que toda a sua aprendizagem e todos os seus esforços sejam dirigidos para essa única e grande surpresa final e, assim, não se deixe atrasar por outras, mais pequenas, que lhe possam advir durante o caminho. 2. É certo que existem muitos poderes «psíquicos» que estão claramente na linha deste curso. A comunicação não está limitada à pequena função dos canais que o mundo reconhece. Se assim fosse, faria pouco sentido tentar ensinar a salvação. Seria impossível fazê-lo. Os limites que o mundo traça para a comunicação são as principais barreiras para a experiência do Espírito Santo, que está sempre presente e Cuja Voz está disponível se nos limitarmos a ouvir. Estes limites são colocados em função do medo, pois, sem eles, as muralhas que circundam todos os locais separados do mundo cairiam ao santo som da Sua Voz. Quem, de alguma forma, transcende estes limites está, simplesmente, a tornar-se mais natural. Não está a fazer nada de especial e não há nenhuma magia nas suas realizações. 3. As habilidades aparentemente novas que podem ser encontradas ao longo do caminho podem ser muito úteis. Dadas ao Espírito Santo e usadas sob a Sua direção, são valiosos recursos de ensino. Em relação a isto, questionar como surgem é irrelevante. A única consideração importante é como são usadas. Tomá-las como fins em si mesmas, sem importar como tal seja feito, atrasará o processo. E o valor delas não está em provar seja o que for: realizações vindas do passado, afinação rara com o «invisível» ou «favores» especiais de Deus. Deus não faz favores especiais e ninguém tem quaisquer poderes que não estejam disponíveis para todos. Poderes especiais só são «demonstrados» por truques de magia. 4. Nada que seja genuíno é usado para enganar. O Espírito Santo é incapaz de enganar e só pode usar habilidades genuínas. O que é usado para a magia é inútil para Ele. Mas o que Ele usa não pode ser usado para a magia. Há, no entanto, um apelo particular nas habilidades incomuns que pode ser curiosamente tentador. Nesse apelo estão as forças que o Espírito Santo quer e precisa. No entanto, nessas mesmas forças, o ego vê uma oportunidade para se glorificar a si mesmo. Forças que se transformam em fraquezas são, de fato, uma tragédia. Porém, aquilo que não é dado ao Espírito Santo, tem de ser dado à fraqueza, pois o que é recusado ao amor é dado ao medo e, conseqüentemente, será assustador. 5. Mesmo aqueles que já não dão valor às coisas materiais do mundo podem, ainda, ser enganados pelos poderes «psíquicos». Como o investimento nos bens materiais do mundo foi retirado, o ego foi seriamente ameaçado. Ele ainda pode sentir-se suficientemente forte para se reanimar sob essa nova tentação, procurando retomar a força através da fraude. Neste caso, muitos foram os que não viram através das defesas do ego, embora elas não sejam particularmente subtis. Contudo, havendo um desejo remanescente de ser enganado, o engano torna-se fácil. A partir daqui, o «poder» já não é uma habilidade genuína e não pode ser usado com confiança. É quase inevitável que, a menos que o indivíduo mude a sua mente acerca do propósito desse poder, se venha a gabar, com decepção crescente, das incertezas dos seus «poderes». 6. Qualquer habilidade desenvolvida por qualquer pessoa tem potencialidade para o bem. Não há exceção para isto. E quanto mais raro e inesperado for esse poder, maior será a sua utilidade em potencial. A salvação precisa de todas as habilidades, pois o que o mundo quer destruir, o Espírito Santo quer restaurar. As habilidades «psíquicas» têm sido usadas para chamar o demônio, o que significa, simplesmente, reforçar o ego. No entanto, aqui está um grande canal para a esperança e para a cura ao serviço do Espírito Santo. Aqueles que desenvolvem poderes «psíquicos», simplesmente, permitiram que fossem retiradas algumas das limitações que haviam posto sobre as suas mentes. Utilizar a sua maior liberdade para agravar o encarceramento só pode aumentar as limitações que colocam sobre si mesmos. O Espírito Santo precisa destas dádivas e aqueles que as oferecem a Ele, e somente a Ele, vão com a gratidão de Cristo nos seus corações e a Sua vista santa acompanha-os de perto.