fevereiro 12, 2009

22. Qual a relação entre a Expeciação e a cura?

A Expiação e a cura não estão relacionadas, são idênticas. Não há ordem de dificuldades em milagres pois não existem graus de Expiação. É o único conceito completo que é possível nesse mundo, pois é a fonte de uma percepção totalmente unificada. A Expiação parcial é uma idéia totalmente sem significado, assim como é inconcebível a existência de áreas especiais do inferno no Céu. Aceita a Expiação e estás curado. A Expiação é o Verbo de Deus. Aceita o Seu Verbo e o que restará para tornar possível a doença? Aceita o Seu Verbo e todos os milagres terão sido realizados. Perdoar é curar. O professor de Deus aceitou a Expiação para si mesmo como sendo a sua única função. Assim, o que existe que ele não possa curar? Que milagre pode deixar de lhe ser dado? 2. O progresso do professor de Deus pode ser lento ou rápido, dependendo se reconhece a total abrangência da Expiação ou se, por algum tempo, exclui dela certas áreas problemáticas. Em alguns casos, há uma consciência repentina e completa da perfeita aplicabilidade da lição da Expiação a todas as situações, mas isso é comparativamente raro. O professor de Deus pode ter aceito a função que Deus lhe deu muito tempo antes de ter aprendido tudo o que a sua própria aceitação lhe oferece. Somente o fim é certo. O reconhecimento da abrangência total, que é necessário, pode alcançá-lo em qualquer lugar, ao longo do caminho. Se o caminho lhe parece longo, que fique contente. Já decidiu em que direção quer seguir. O que é que lhe foi pedido para além disso? E, tendo feito o que lhe foi requisitado, acaso Deus deixaria de lhe dar o resto? 3. Se o professor de Deus quer progredir, precisa compreender que o perdão é cura. A idéia de que um corpo pode adoecer é um conceito central no sistema de pensamento do ego. Esse pensamento dá autonomia ao corpo, separa-o da mente e mantém intocada a idéia do ataque. Se o corpo pudesse adoecer, a Expiação seria impossível. Um corpo capaz de ditar à mente o que fazer, de acordo com o que lhe parece adequado, simplesmente, toma o lugar de Deus e prova que a salvação é impossível. O que sobra então para curar? O corpo tornou-se o senhor da mente. Como poderia a mente regressar ao Espírito Santo a não ser através da morte do corpo? E quem iria querer a salvação a este preço? 4. É certo que a doença não parece ser uma decisão. E ninguém, de fato, acreditaria que quer ser doente. Talvez possa aceitar a idéia em teoria, mas raramente, talvez nunca, ela é consistentemente aplicada a todas as formas específicas de doença, tanto na percepção individual de si mesmo, quanto na percepção de todos os outros. Nem é nesse nível que o professor de Deus invoca o milagre da cura. Ele não vê, nem a mente nem o corpo, vê apenas a face de Cristo a brilhar diante de si, corrigindo todos os erros e curando todas as percepções. A cura é o resultado do reconhecimento, pelo professor de Deus, de quem é que tem necessidades de cura. Este reconhecimento não tem nenhuma referência especial. É verdadeiro em relação a todas as coisas que Deus criou. Nele todas as ilusões são curadas. 5. Quando um professor de Deus falha ao curar é porque se esqueceu de Quem é. Assim, a doença do outro vem a ser a sua. Ao permitir que tal aconteça, identifica-se com o ego do outro, tendo-o, deste modo confundido com o corpo. Ao fazer isto, recusou-se a aceitar a Expiação para si mesmo e dificilmente pode oferecê-la ao seu irmão em Nome de Cristo. De fato, será totalmente incapaz de reconhecer o seu irmão, pois o seu Pai não criou corpos e, assim, está a ver, no seu irmão, somente o irreal. Erros não corrigem erros e a percepção distorcida não cura. Volta atrás, agora, professor de Deus. Tu erraste. Não mostres o caminho, pois perdeste-o. Volta-te rapidamente para o teu Professor e permite que sejas curado. 6. A oferta da Expiação é universal. Ela é igualmente aplicável a todos os indivíduos em todas as circunstâncias. E nela está o poder de curar todos os indivíduos de todas as formas de doença. Não acreditar nisto é ser injusto para com Deus e, portanto, ser infiel para com Ele. Uma pessoa doente percebe-se separada de Deus. Queres vê-la separada de ti? A tua tarefa é curar o senso de separação que o fez doente. A tua função é fazeres com que reconheça que o que ela pensa acerca de si mesma não é verdade. É o teu perdão que tem de lhe mostrar isto. A cura é muito simples. A Expiação é recebida e oferecida. Tendo sido recebida, tem de ser aceite. É no recebimento, portanto, que está a cura. Tudo o mais tem de decorrer deste único propósito. 7. Quem pode limitar o poder do próprio Deus? Quem, então, pode dizer quem pode ser curado de quê e o que é que tem de permanecer fora do alcance do perdão de Deus? Isso, de fato, é insanidade. Não cabe aos professores de Deus traçar limites para Deus, porque não lhes cabe julgar o Seu Filho. E julgar o Seu Filho é limitar o Seu Pai. Ambos passam a ser, igualmente, sem significado. No entanto, isto não será compreendido enquanto o professor de Deus não reconhecer que ambos são o mesmo mal-entendido. Compreendendo, o professor de Deus recebe a Expiação, pois retira o seu julgamento do Filho de Deus, aceitando-o tal como Deus o criou. Agora, já não está à parte de Deus, determinando onde a cura deve ser dada e onde deve ser recusada. Agora, pode dizer com Deus: «Este é o meu filho amado, criado na perfeição e para sempre perfeito».