fevereiro 12, 2009

16. Como o professor de deus deve passar seu dia?

Para o professor de Deus avançado, esta pergunta não tem significado. Não existe programa, porque as lições mudam a cada dia. O professor de Deus, porém, está certo de uma coisa: essas lições não mudam por acaso. Vendo isso e compreendendo que é verdadeiro, descansa contente. Ser-lhe-á dito tudo sobre qual deve ser o seu papel nesse dia e todos os dias. E aqueles que compartilham o seu papel encontrá-lo-ão, de modo que possam aprender as lições do dia juntos. Ninguém que lhe seja necessário está ausente, ninguém é enviado sem um objetivo de aprendizagem já determinado e que possa ser aprendido naquele dia. Para o professor de Deus avançado, então, esta pergunta é supérflua. Foi perguntada e respondida, e ele mantém-se em permanente contato com a Resposta. Ele está no seu lugar e vê a estrada, na qual caminha, desdobrar-se, segura e suave, à sua frente. 2. Mas, e aqueles que não alcançaram a certeza do professor de Deus? Eles não estão prontos, ainda, para essa sua própria falta de estrutura. O que precisam fazer para dar o dia a Deus? Existem algumas regras gerais que se aplicam, muito embora cada um deva usá-las da melhor forma possível, à sua própria maneira. As rotinas, enquanto tais, são perigosas porque rapidamente se tornam deusas por seu próprio direito, ameaçando aquelas mesmas metas em nome das quais foram estabelecidas. De um modo geral, então, pode dizer-se que é bom começar o dia acertadamente. É sempre possível começar de novo, caso o dia comece com um erro. No entanto, são óbvias as vantagens em termos de economia de tempo. 3. No início, é sábio pensar em termos de tempo. Este não é, de modo algum, o critério absoluto, mas, inicialmente, é provável que seja o mais simples de se observar. A economia de tempo, nas fases iniciais, é uma ênfase essencial e, embora ao longo do processo de aprendizagem continuar a ser importante, vai sendo cada vez menos enfatizada. No início pode dizer-se com segurança que dedicar algum tempo a começar o dia acertadamente, de fato, economiza tempo. Quanto tempo se deve gastar, pois nessa atividade? Isso tem de depender do próprio professor de Deus. Ele não pode reivindicar este título enquanto não tiver terminado o Livro de Exercícios, uma vez que estamos a aprender dentro da estrutura do nosso curso. Depois de terminados os períodos de prática mais estruturada que o Livro de Exercícios contém, a necessidade individual passa a ser a consideração mais importante. 4. Este curso é sempre prático. Pode acontecer que o professor de Deus, ao acordar, não esteja numa situação que lhe favoreça pensar em quietude. Se é esse o caso, que se lembre, apenas, que está a escolher passar o seu tempo com Deus o quanto antes e, portanto, que o faça. A duração não é a maior preocupação. É fácil uma pessoa ficar sentada uma hora, de olhos fechados, e não realizar nada. Do mesmo modo, pode facilmente dar-se a Deus um instante apenas e, nesse instante, unir-se completamente a Ele. Talvez a única generalização que se possa fazer seja esta: o mais cedo possível, depois de despertar, toma para ti, algum tempo de quietude, continuando assim um minuto ou dois a mais depois de começares a achar isso difícil. Pode descobrir que a dificuldade vai diminuir e desaparecer. Se não, esse será o momento de parar. 5. O mesmo procedimento deve ser seguido à noite. Talvez o teu tempo de quietude deva ser no começo da noite, no caso de não te ser viável conseguir fazê-lo antes de dormir. Não é sábio deitares-te para fazer isto. É melhor sentares-te, na posição que preferires. Tendo completado o Livro de Exercícios, tens que ter chegado a algumas conclusões a este respeito. Se possível, porém, o tempo imediatamente anterior ao momento de dormir é um momento que se deseja dedicar a Deus. Ele coloca a tua mente num padrão de descanso que te orienta para longe do medo. Se, para ti, for mais conveniente fazer mais cedo essa dedicatória, pelo menos assegura-te de não te esqueceres, por um breve momento - não é preciso mais do que um momento - de fechar os olhos e pensar em Deus. 6. Há um pensamento, em particular, que deve ser lembrado durante o dia. É um pensamento de pura alegria, um pensamento de paz, um pensamento de libertação sem limites, pois nele todas as coisas são libertadas. Pensas que fizeste um lugar seguro para ti mesmo. Pensas que fizeste um poder que te pode salvar de todas as coisas assustadoras que vês em sonhos. Não é nisso que está a tua segurança. Desistes apenas da ilusão de proteger ilusões. E é isto que temes, apenas isto. Que tolice ter tanto medo de nada! Absolutamente nada! As tuas defesas não funcionarão, mas não estás em perigo. Não tens necessidade delas. Reconhece isso e elas desaparecerão. E só então aceitarás a tua proteção real. 7. Como é simples e fácil a passagem do tempo para o professor de Deus que aceitou a proteção de Deus! Tudo o que fez antes, em nome da segurança, não lhe interessa mais. Pois está a salvo e sabe que é assim. Ele tem um Guia que não falhará. Não precisa de fazer distinções entre os problemas que percebe, pois Aquele para Quem se volta com todos esses problemas, não reconhece ordem de dificuldade para os resolver. Ele está tão seguro no presente quanto estava, antes das ilusões serem aceites na sua mente, e como estará quando as tiver deixado partir. Não há diferenças no seu estado em momentos diferentes e em locais diferentes, porque, para Deus, todos são um. Esta é a segurança do professor de Deus. E não necessita de nada mais do que isto. 8. No entanto, existirão tentações ao longo do caminho pelo qual o professor de Deus tem ainda de viajar e, ao longo do dia, terá necessidade de recordar, a si mesmo, a sua proteção. Como poderá fazer isto, particularmente nos momentos em que a sua mente está ocupada com coisas externas? Ele não pode fazer outra coisa senão tentar, e o seu sucesso depende da sua convicção de que terá sucesso. Ele tem de estar certo de que o sucesso não lhe pertence, mas que lhe será dado a qualquer momento, em qualquer lugar e circunstância em que chamar por ele. Haverá ocasiões em que a sua certeza vacilará e, no instante em que isso ocorrer, voltará às tentativas anteriores de depositar a confiança só em si mesmo. Não te esqueças de que isso é magia e a magia é um triste substituto para a verdadeira assistência. Não é suficientemente bom para o professor de Deus, pois não é suficientemente bom para o Filho de Deus. 9. Evitar a magia é evitar a tentação. Pois qualquer tentação não é nada mais do que a tentativa de substituir a Vontade de Deus por outra. Essas tentativas podem, de fato, parecer assustadoras, embora sejam apenas patéticas. Não podem surtir nenhum efeito, nem bom nem mau, nem recompensador nem que exija sacrifício, nem curativo nem destrutivo, nem tranqüilizador nem assustador. Quando a magia é, simplesmente, reconhecida como nada, o professor de Deus alcançou o grau mais avançado. Todas as lições intermediárias levam apenas a isso e trazem essa meta para mais perto do reconhecimento. Pois qualquer tipo de magia, qualquer que seja a forma que assuma, simplesmente, não faz nada. Não tem poder, sendo por isso que é tão fácil escapar-lhe. O que não tem efeito dificilmente pode aterrorizar. 10. Não há nenhum substituto para a Vontade de Deus. Em termos simples, é a este fato que o professor de Deus dedica todo o seu dia. Qualquer substituto que resolva aceitar como real só poderá enganá-lo. Mas está a salvo de qualquer mal-entendido, se assim decidir. Talvez tenha necessidade de lembrar «Deus está comigo. Não posso ser enganado». Talvez prefira outras palavras, uma apenas uma, ou nenhuma. No entanto, qualquer tentação de aceitar a magia como verdadeira tem de ser abandonada através do seu próprio reconhecimento, não por ela ser assustadora, não por ser pecaminosa, não por ser perigosa, mas, simplesmente, por não ter significado. Como a magia se enraíza no sacrifício e na separação, dois aspectos de um único erro e nada mais, o professor de Deus limita-se a abdicar do que nunca teve. E, por este «sacrifício», o Céu é restaurado na sua consciência. 11. Não queres fazer esta troca? O mundo fá-la-ia com contentamento se soubesse que poderia ser feita. São os professores de Deus que têm de ensinar ao mundo que isso é possível. E, assim, a sua função é assegurarem-se de que eles próprios a aprenderam. Não há risco possível ao longo do dia a não ser o de colocares a tua confiança na magia, pois apenas isso conduz à dor. «Não há outra vontade senão a de Deus». Os Seus professores sabem que assim é, e aprenderam que tudo o mais não passa de magia. Qualquer crença na magia é mantida apenas por uma única ilusão simplória - a de que a magia funciona. No decorre do seu treino, a cada dia e a cada hora e até mesmo a cada minuto e segundo, os professores de Deus têm de aprender a reconhecer as formas de magia e a perceber que não têm significado. O medo é retirado dessas formas e, assim, eles prosseguem. E, deste modo, a porta do Céu é reaberta e a sua luz pode brilhar mais uma vez sobre uma mente imperturbada.