fevereiro 12, 2009

18. Como se faz a correção?

A correção de natureza duradoura - e só essa é a correção verdadeira - não pode ser feita enquanto o professor de Deus não deixar de confundir interpretação com fato, ou ilusão com verdade. Se discute com um seu aluno sobre um pensamento mágico, se o ataca ou tenta demonstrar o erro ou a falsidade desse pensamento, não está a fazer outra coisa senão testemunhar a realidade disso. A depressão é, então, inevitável, pois ele «provou», tanto para o seu aluno quanto para si mesmo, que a tarefa de ambos é escapar do que é real. E isto só pode ser impossível. A realidade é imutável. Pensamentos mágicos são apenas ilusões. Se não fosse assim, a salvação não passaria do mesmo velho sonho impossível, apenas com outra forma. No entanto, o sonho da salvação tem novo conteúdo. Não é apenas na forma que está a diferença. 2. A maior lição dos professores de Deus é aprender como reagir aos pensamentos mágicos totalmente sem raiva. Só dessa forma podem eles proclamar a verdade sobre si mesmos. Através deles, o Espírito Santo pode agora falar da realidade do Filho de Deus. Agora, o Espírito Santo pode lembrar ao mundo a impecabilidade, a única condição que não foi mudada, a única condição imutável inerente a tudo o que Deus criou. Agora, pode falar do Verbo de Deus a ouvidos que escutam e trazer a visão de Cristo a olhos que vêem. Agora, está livre para ensinar a todas as mentes a verdade do que elas são, de modo a que se voltem para Ele com contentamento. Agora, a culpa é perdoada, deixa de ser vista completamente no Seu modo de ver e no Verbo de Deus. 3. A raiva apenas resmunga: «A culpa é real!» E a realidade é apagada à medida em que esta crença doentia é aceite em substituição do Verbo de Deus. Os olhos do corpo, agora, «vêem»; só os seus ouvidos são capazes de «ouvir». O espaço pequeno do corpo e o seu fôlego diminuto tornam-se na medida da realidade. E a verdade torna-se diminuta e sem significado. A correção tem uma única resposta para tudo isto e para o mundo, a qual se baseia no seguinte: Tu estás apenas a tomar, erradamente, a interpretação pela verdade. E estás errado. Mas um erro não é um pecado, nem a realidade foi tirada do seu trono pelos teus erros. Deus reina para sempre, e só as Suas leis prevalecem sobre ti e sobre o mundo. O Seu Amor continua a ser a única coisa que existe. O medo é ilusão, pois tu és como Ele. 4. Para curar torna-se, pois, essencial para o professor de Deus, permitir que todos os seus próprios erros sejam corrigidos. Se sente o mais leve sinal de irritação em si mesmo enquanto responde a qualquer pessoa, que tome consciência instantaneamente de que fez uma interpretação que não é verdadeira. Que se volte, então, para dentro, para o seu Guia Eterno e deixe que Ele julgue qual deve ser a resposta. Assim é curado e, na sua cura, o seu aluno é curado com ele. A única responsabilidade do professor de Deus é aceitar a expiação para si mesmo. Expiação significa correção ou o remoção dos erros. Quando isto tiver sido realizado, o professor de Deus torna-se o trabalhador em milagres por definição. Os seus pecados foram-lhe perdoados e ele já não se condena. Como pode, então, condenar quem quer que seja? E há alguém a quem o perdão dele não possa curar?